Prof.ª Mariana A. C. Romual
(Amistad)
Gênero: Drama
Duração: 154 min
Lançamento: 1997
País: EUA
Classificação etária: 16 anos
FICHA TÉCNICA
Direção: Steven Spielberg
Roteiro: David H. Franzoni
Produção: Debbie Allen, Steven Spielberg e Colin Wilson
Fotografia: Janusz Kaminski
Direção de arte: Christopher Burian-Mohr, Tony Fanning e William James Teegarden
Figurino: Ruth E. Carter
Música: John Williams
Efeitos especiais: Industrial Light & Magic
Edição: Michael Kahn
estúdio: DreamWorks SKG / HBO
distribuidora: DreamWorks Distribution L.L.C. / UIP
ELENCO
Morgan Freeman… Theodore Joadson
Anthony Hopkins… John Quincy Adams
Nigel Hawthorne… Martin Van Buren
Djimon Hounsou… Cinque
Anna Paquin… Isabel II da Espanha
SINOPSE
Baseado em um evento real, o filme relata a incrível história de um grupo de escravizados africanos que se rebela e se apodera do controle do navio que os transporta e tenta retornar à sua terra de origem. Quando o navio é aprisionado, esses escravizados são levados para os Estados unidos, onde são acusados de assassinato e são jogados em uma prisão à espera do seu destino. Uma empolgante batalha se inicia, o que capta o interesse de toda a nação e confronta os alicerces do sistema judiciário estadunidense.
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TEMA
Escravismo; Navio negreiro; Tráfico negreiro; Abolicionismo.
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PREMIAÇÕES
– Recebeu 4 indicações ao Oscar, nas seguintes categorias: Melhor Ator Coadjuvante (Anthony Hopkins), Melhor Fotografia, Melhor Figurino e Melhor Trilha Sonora.
– Recebeu 4 indicações ao Globo de Ouro, nas seguintes categorias: Melhor Filme – Drama, Melhor Diretor, Melhor Ator – Drama (Djimou Hounson) e Melhor Ator Coadjuvante (Anthony Hopkins).
– Recebeu uma indicação ao Grammy, na categoria de Melhor Composição Instrumental Composta Para um Filme.
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CURIOSIDADES
– A história remonta ao ano de 1839 e é baseada em fatos verídicos que ocorreram a bordo do navio La Amistad.
– É o filme inaugural de Steven Spielberg para a DreamWorks Pictures.
– O militante negro Theodore Joadson (interpretado por Morgan Freeman) é o único personagem que não existiu realmente.
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ATIVIDADES SUGERIDAS
1) Debata com os alunos os principais pontos levantados e a seguir peça para que elaborem uma produção textual respondendo as questões:
– Você conhece ou já ouviu falar de filmes que abordam o mesmo assunto?
– Você assimilou/aprendeu alguma coisa com este filme? O que?
– Do que você mais gostou neste filme? Por quê?
– Selecione uma sequência protagonizada por um dos personagens do filme, analise e explique qual a sua motivação dramática. O que sua motivação tem a ver com o tema do filme?
2) Há uma sequência no filme em que Cinque conta sua história desde quando vivia na África até a captura, do cativeiro, da travessia do Atlântico nos navios negreiros.
Retome essa sequência antes das atividades abaixo:
2.1 – Peça para os alunos pesquisarem:
2.2 – Leia o trecho do poema NAVIO NEGREIRO de Castro Alves:
[…]Era um sonho dantesco… o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros… estalar de açoite…
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar…
a) Sobre o que o poema fala?
b) Porque o poeta usa o termo “sonho dantesco”?
2.3 – Observe a obra abaixo, Negros no Fundo do Porão, do pintor alemão Johann Moritz RUGENDAS (de 1835):
a) Descreva a imagem.
b) Estabeleça uma relação entre a obra de Rugendas, a cena do filme e o poema de Castro Alves.
3) Observe as imagens abaixo:
Todo camburão tem um pouco de navio negreiro, O RAPPA (1994).
Grafite “TODO VAGÃO TEM UM POUCO DE NAVIO NEGREIRO”, de Bruno Perê em metrô paulista (2007).
a) O que os autores da canção quiseram dizer com “TODO CAMBURÃO TEM UM POUCO DE NAVIO NEGREIRO”?
b) Qual a crítica expressa no grafite de Bruno Perê?
c) Qual a relação entre a música, o poema e o grafite de Bruno Perê?
4) Castro Alves escreveu o poema no século XIX. O Rappa escreveu a canção no fim do século XX. É possível estabelecer conexões entre o poema e a canção*? Quais?
* Letra completa da canção (para atividade 4):
TODO CAMBURÃO TEM UM POUCO DE NAVIO NEGREIRO
(O Rappa)
Tudo começou quando a gente conversava
Naquela esquina alí
De frente àquela praça
Veio os homens
E nos pararam
Documento por favor
Então a gente apresentou
Mas eles não paravam
Qual é negão? qual é negão?
O que que tá pegando?
Qual é negão? qual é negão?
É mole de ver
Que em qualquer dura
O tempo passa mais lento pro negão
Quem segurava com força a chibata
Agora usa farda
Engatilha a macaca
Escolhe sempre o primeiro
Negro pra passar na revista
Pra passar na revista
Todo camburão tem um pouco de navio negreiro
Todo camburão tem um pouco de navio negreiro
É mole de ver
Que para o negro
Mesmo a aids possui hierarquia
Na África a doença corre solta
E a imprensa mundial
Dispensa poucas linhas
Comparado, comparado
Ao que faz com qualquer
Figurinha do cinema
Comparado, comparado
Ao que faz com qualquer
Figurinha do cinema
Ou das colunas sociais
Todo camburão tem um pouco de navio negreiro
Todo camburão tem um pouco de navio negreiro
REFERÊNCIAS
NAPOLITANO, Marcos. Como usar o cinema na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2003.
O filme Amistad é muito interessante para se trabalhar a questão do sofrimento que os escravos africanos sofreram no continente americano.
A escravidão era um dos negócios mais lucrativos nos séculos XVI, XVII e XVIII. É importante mostrar aos alunos a luta dos negros e também dos abolicionistas pela libertação.
Parabéns pelo blog!
Abraços,
Cosme Rufino de Oliveira
O blog é sensacional, auxiliou-me no trabalho com os alunos do ensino médio na compreensão do que foi a escravidão, a partir do uso de imagens.
Parabéns.
Prof. Fábio Antonio
cade o gabarito?