Profa. Mariana A. Costa
(Fort Apache)
Gênero: faroeste (Western)
Duração: 125 min
Lançamento: 1948
País: Estados Unidos
Classificação etária: 12 anos
FICHA TÉCNICA
Direção: John Ford
Roteiro: James Warner Bellah (história), Frank S. Nugent
Estúdio/Distrib.: Warner Home Vídeo
ELENCO
John Wayne …. capitão Kirby York
Henry Fonda …. tenente coronel Owen Thursday
Ward Bond …. sargento-major O’Rourke
Shirley Temple … Philadelphia Thursday
John Agar …. tenente Michael “Mickey” O’Rourke
Victor McLaglen …. sargento Festus Mulcahy
Pedro Armendáriz …. sargento Beaufort
Miguel Inclan …. Cochise
Dick Foran …. sargento Quincannon
Guy Kibbee …. dr. Wilkens
George O’Brien …. capitão Sam Collingwood
Jack Pennick …. sargento Schattuck
SINOPSE
O Tenente-Coronel Owen Thursday (Henry Fonda), herói da Guerra Civil Norte-Americana, é enviado para o Forte-Apache, um quartel perto da fronteira mexicana. Após os apaches fugirem, Thursday vê a chance que procurava para iniciar a ação. Porém, o Capitão Kirby York (John Wayne), aposta em uma saída pacífica para a situação.
TEMA
“Marcha para o oeste”; Extermínio de indígenas; Índios Apaches; Doutrina do “destino manifesto”; História da América (EUA).
PREMIAÇÕES
Festival Internacional de Locarno 1948 (Suíça)
– Venceu nas categorias de melhor diretor e melhor fotografia preto-e-branco.
CURIOSIDADES
– É o primeiro filme da chamada “Trilogia da Cavalaria” de Ford. Depois viriam She Wore a Yellow Ribbon e Rio Grande, todos com John Wayne.
– O filme faz referências a episódios sangrentos da guerra da cavalaria estadunidense contra os índios, em especial à derrota do General Custer na Batalha de Little Bighorn e o massacre de Fetterman, em 1866.
– Forte Apache ficou famoso como o nome do posto militar onde servia o Cabo Rusty e seu fiel cão pastor alemão Rin Tin Tin, numa famosa série de televisão dos anos 50.
– O comandante, considerado arrogante e inexperiente, era um west pointer, egresso daquela famosa academia militar, o que pode ter desagradado algumas autoridades. De certa forma, Ford provavelmente se “redimiria” aos olhos deles e mostraria West Point como um lugar formador de excelentes oficiais no seu filme de 1955, The Long Gray Line (br: A paixão de uma vida), com Tyrone Power e Maureen O’Hara, onde conta a história do instrutor Marty Maher, imigrante irlandes que dedicou sua vida a West Point.
– Foi um dos primeiros filmes a apresentar uma versão mais autêntica e simpática dos ameríndios (apaches neste filme, sioux nas batalhas verdadeiras).
1) Debata com os alunos os principais pontos levantados e a seguir peça para que elaborem uma produção textual contendo:
a) comentários sobre as principais personagens, descrevendo suas principais características;
b) a descrição de uma cena (cada grupo escolhe a que mais impressionou) relacionando com a doutrina do Destino Manifesto;
2) Trabalho com música:
Após a exibição do filme (ou de trechos selecionados a critério do professor), organize a classe em grupos e apresente a música Country Os Brancos, da banda Língua de Trapo*.
3) Peça para que pesquisem o significado dos termos: Velho Oeste; Country; Cowboy; Filmes de “bangue-bangue”.
4) Peça para os alunos relacionarem (em grupo) o filme, os conceitos aprendidos e as discussões em sala de aula com a música “Country Os Brancos”, da banda Língua de Trapo.
5) De acordo com o “herói” americano, o general Armstrong Custer, considerado como o “grande matador de índios”, “o único índio bom é um índio morto”. Peça para os alunos comentarem essa frase com base em tudo o que aprendeu.
6) Discuta com os alunos o trecho “Não devo nada pros caubói que tem no Texas / Moro em Brasília e sou filhinho de papai”. Qual seu significado? O que sabem sobre o caso ocorrido em Brasília em 20 de abril de 1997? Quem foi Galdino?
———————————————————————
* LETRA NA ÍNTEGRA:
Country Os Brancos
Língua de Trapo
Composição: Carlos Melo / Lizoel Costa
Meu sonho era ir pro Velho Oeste
Dar uns tiros de pistola e de canhão
Fazer tudo o que o John Wayne fazia
Com as filha dos cacique valentão
Meu sonho era ser um texano
Dos bem bacano, o xerife mais temido
Daqueles que chega em casa e beija o cavalo
E na muié finca um tapão no pé do ouvido
Me lembro dos meus tempos de pixote
Nóis ia no cinema de domingo
Pra ver aqueles filme engajado
Dólar Furado, Bat Masterson e Ringo
O Rin-Tin-Tin era um big de um artista
Era racista, só mordia as indiarada
Porque nos filme bangue-bangue que se preza
Pele-vermelha sempre vira carne assada
Tirei passaporte pro Arizona
Meu sonho inda era ser caubói
Quando cheguei nos Estados Unidos
Fui recebido com as honra de um herói
Xerife me deu um revólver de prata
E disse: “mata quantos índio o senhor quisé
Porque aqui o cabra que mata mais índio
Tem por troféu a mais formosa das muié!”
Fui dando tiro a torto e a direito
Matei uns dez indígenas medonho
Casei com um muiérão de sete parmo
Despois mais carmo vi que tudo era um sonho
Eu nunca fui caubói no Arizona
Tô em Rondônia faz uns quatro mês ou mais
Não devo nada pros caubói que tem no Texas
Pois ando armado, a serviço da Funai
(Não devo nada pros caubói que tem no Texas
Moro em Brasília e sou filhinho de papai!)