Profa. Mariana A. Costa
– em construção –
Direção: Roberto Farias
Duração: 104 min
Gênero: Drama
Ano de lançamento: 1983
País: Brasil
Estúdio: Embrafilme / Produções Cinematográficas R.F. Farias Ltda.
Distribuidora: Embrafilme
Roteiro: Roberto Farias, baseado em argumento de Reginaldo Faria e Paulo Mendonça
Produção: Rogério Farias
Música: Egberto Gismonti
Fotografia: Dib Lufti e Francisco Balbino Nunes
Direção de arte: Maria Tereza Amarante
Figurino: Maria Tereza Amarante e Mara Aché
Edição: Roberto Farias e Mauro Farias
ELENCO
Reginaldo Faria …. Jofre
Antônio Fagundes …. Miguel
Natália do Valle …. Marta
Elizabeth Savalla …. Mariana
Carlos Zara …. Dr. Barreto
Cláudio Marzo …. Sarmento
SINOPSE
Em 1970, na época dos anos de chumbo e do “milagre econômico”, o Brasil vibra com a Seleção Brasileira de Futebol na Copa do Mundo sediada no México. Enquanto isso, prisioneiros políticos são torturados nos porões da ditadura militar e inocentes são vítimas desta violência. Todos estes acontecimentos são vistos pela ótica de uma família quando um dos seus integrantes, um pacato trabalhador da classe média, é confundido com um ativista político e “desaparece”.
TEMAS
Ditadura Militar no Brasil; Repressão; Anos de chumbo; Milagre econômico.
PREMIAÇÕES
– Ganhou o Prêmio C.I.C.A.E., no Festival de Berlim.
– Ganhou os prêmios de Melhor Filme e Melhor Edição, no Festival de Gramado.
CURIOSIDADES
– A censora do regime, Solange Maria Teixeira Hernandes, afirmava haver “excessos de liberdade no cinema e no teatro” na época em que o filme foi lançado.
– O filme foi liberado pela Justiça e estreou, em versão sem cortes, em 14 de fevereiro de 1983. À época presidente da Embrafilme, Celso Amorim viu-se obrigado a abandonar o cargo da estatal em abril de 1982 por ter aprovado o financiamento público para a produção.
– A proibição inicial ao filme baseou-se na alínea D do artigo 41 da Lei 20.943, de 1946, que previa “interdição quando a obra for capaz de provocar incitamento contra o regime vigente, a ordem pública, as autoridades e seus agentes”.
– O ator Carlos Zara inicialmente recusou o papel do torturador Barreto por ter tido seu irmão, Ricardo Zaratini, preso e torturado em 1969.
– Pra frente, Brasil foi lançado no mesmo ano que Missing, de Costa-Gavras, filme denunciando as violações aos direitos humanos praticadas pela ditadura do general Augusto Pinochet no Chile, e, por esta razão, foi muito comparado ao cinema político de Gavras. Farias recusou tais comparações em entrevista à Veja de 16 de fevereiro de 1983, dizendo que Gavras lhe parecia um “cafetão das esquerdas”, por morar em Paris e tratar de realidades distantes à sua.